Os estereótipos formados pela sociedade são extremamente seletivos e cruéis, por fazer com que às mulheres necessitem a todo o momento estarem preocupadas com sua aparência, simplesmente para agradar os "homens", outras mulheres, trabalho, em outras palavras, agradar toda uma sociedade seletiva, que sempre prefere julgar pessoas por sua aparência, uma aparência estereotipada para atender uma mídia de consumo.
Vemos esses rótulos em todos os lugares, comerciais, desenhos, novelas, filmes, brinquedos. Tudo isso para simplesmente aquecer um mercado vasto que se auto sustenta nessa valorização estética. Quando uma Gisele Bündchen da vida aparece mostrando como é o padrão ideal de uma aparência necessária para você ser bonita, acaba excluindo uma vasta parcela de mulheres que não tem as condições de segui-las, sem contar, nos atributos raciais. Então, em cima de uma única aparência, movimenta o mercado das academias, salões, produtos capilares, alimentícios... E por aí vai. Dessa forma é realmente necessária a discussão sobre esse determinado assunto, que por sua vez acaba excluindo diversas mulheres que não atingem esses determinados padrões.
Como dito antes, sobre as questões raciais, percebe-se quem mais sofre com essa padronização estereotipada são mulheres negras e gordas, pois desde sempre a sociedade nos ensina o que deve ser considerado beleza, o que deve ser considerado como características físicas bonitas, e como sempre, os estereótipos são das classes dominantes, é a beleza do branco caucasiano, lembrando Marx em a ideologia Alemã “As ideias da classe dominante são, em todas as épocas, as ideias dominantes”. Quantas vezes vemos mulheres negras tendo a “necessidade” de alisar os cabelos para atender a essa beleza, mulheres negras querendo afinar o nariz, por conta de não aceitarem suas características raciais, e isso acaba fortalecendo ainda mais o processo de discriminação do negro, por não serem aceitas suas características como padrões de beleza. Por isso devemos cada vez mais discutir esses processos culturais das padronizações da beleza, que por sua vez na nossa sociedade contemporânea acaba por ser muito excludente.
Autor: Uan Luiz Magalhães
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