A Bahia tem 104 cidades em situação de risco de surto de dengue, zika e chikungunya, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (30).
Os números são resultado do primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019. O estudo separa as cidades em níveis de risco, alerta e satisfatório.
Segundo o levantamento, realizado entre janeiro e março, Salvador e outros 184 municípios baianos estão em estado de alerta para as doenças.
O resultado da pesquisa deste ano representa um aumento em relação ao estudo divulgado em dezembro de 2018. Na época, apenas 69 cidades baianas tinham risco de surto das doenças - 35 municípios a menos.
Brasil
No estudo deste ano, 5.214 mil municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas doenças, sendo 4.958 (95,1%) por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 256 por armadilha.
No total, 25 capitais participaram do estudo. Cinco delas estão com índice satisfatório: Boa Vista (RR), João Pessoa (PB), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e o Distrito Federal. A capital Cuiabá (MT) está em risco.
Outras 16 capitais estão em alerta: Fortaleza (CE), Porto Velho (RO), Palmas (TO), Salvador (BA), Teresina (PI), Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Vitória (ES), São Luis (MA), Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Maceió (AL), Aracaju (SE) e Goiânia (GO).
Casos
Em 2019, até 13 de abril, foram registrados 451.685 casos prováveis de dengue no país, aumento de 339,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 102.681 casos.
A incidência, que considera a proporção de casos em relação ao número de habitantes, tem taxa de 216,6% casos/100 mil habitantes. O número de óbitos pela doença também teve aumento, de 186,3%, passando de 66 para 123 mortes.
Em relação à zika, foram registrados 3.085 casos, com incidência de 1,5 caso/100 mil hab. Em 2018, no mesmo período, ocorreram 3.001 casos prováveis. Em 2019, não foram registrados óbitos por zika.
Também foram registrados 24.120 casos de chikungunya no país, com uma incidência de 11,6 casos/100 mil hab. Em 2018, foram 37.874 casos – uma redução de 36,3%. Em 2019, não foram confirmados óbitos por chikungunya.
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