Reportagem | Alysson Ribeiro |
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Mato, boa parte da estrutura sendo danificada e desperdícios de material fazem parte do cenário que compõe a entrada principal da cidade. Isto porque a obra de construção do viaduto está há pelo menos três anos parada. O aspecto da obra é de abandono e ruína.
A empresa responsável pela obra é a Viabahia, concessionária que administra a rodovia. Há muito tempo não há sinais de homens trabalhando no local. “A única coisa que fizeram no final do ano passado foi colocar aqui os revestimentos em concreto, mas está ali exposto ao tempo, abandonado”, contou o comerciante Jair Oliveira de Souza. Além das obras, a Viabahia é responsável por todo o cuidado com a área de concessão, a exemplo de iluminação, limpeza e outros cuidados.
Além do abandono, outra reclamação dos motoristas que diariamente trafegam pelo local é a falta de segurança e de sinalização. “É tudo escuro e mal iluminado. Sempre flagramos veículos se perdendo nas vias de contorno ou passagem do viaduto. É um verdadeiro descaso por parte da Viabahia”, revelou o motociclista Elton Pereira, que também mora naquela região.
Recentemente, em duas ocasiões, equipe do governo municipal estive na ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres para cobrar providências. Na primeira, o prefeito Rogério Costa participou de uma reunião com o presidente do órgão para cobrar uma solução não só para o viaduto, mas também para a conclusão da duplicação no trecho em santo Estevão. Em outra ocasião, o secretário de Obras, Serviços Públicos e Meio Ambiente, Michel Sacramento também cobrou da ANTT uma devolutiva sobre a obra. De acordo com o órgão, os serviços só serão retomados quando o banco financiador liberar os recursos, o que não há previsão.
No entorno do viaduto inacabado também há risco eminente de acidentes para motoristas e pedestres. É que na via paralela à rodovia, há aproximadamente 100 metros de valeta com relativa profundidade: tudo a céu aberto e com sinalização quase que nenhuma. À noite e em dias de chuvas, segundo os moradores, os riscos aumentam ainda mais.
OBRAS DE DUPLICAÇÃO - As obras de duplicação, iniciadas em 2010, foram realizadas em um trecho de 64 km (incluindo a parte de Santo Estevão, feitas de 2013 a 2016), restando 12 km para a conclusão. Um dos trechos mais críticos é da chegada ao Posto Pau de Vela até passar pelo Posto Subaé. Mais à frente, na região do Posto São Caetano, as obras também estão paradas.
Outros locais da pista serão duplicados à medida que o fluxo superar mais de 6.500 veículos/dia, conforme previsto no contrato de concessão entre a Viabahia e a ANTT.
O trecho da BR-116 que falta ser duplicado em sua totalidade vai de Feira de Santana à ponte sobre o rio Paraguaçu, que fica próximo a Santo Estevão. A ponte também está sendo duplicada, com 70% de obras realizadas.
A previsão de entrega das obras deste trecho é para o final de 2017, declarou a Viabahia, que firmou com o governo federal o compromisso de investir cerca de R$ 2 bilhões para duplicar todo o trecho concedido - a concessionária diz já ter gasto mais de R$ 1,7 bilhão em obras de infraestrutura e até o fechamento desta reportagem não informou quando a obra do viaduto será retomada.
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