No norte do México, criminosos atacaram um comboio de três carros que levava uma família de mórmons dos Estados Unidos na segunda-feira (4). Ao menos cinco pessoas morreram, mas o número pode ser mais alto –ainda há desaparecidos.
Já há relatos de mais vítimas: foram nove (três mulheres e seis crianças), de acordo com o “New York Times”, e a mídia mexicana publicou que são três mulheres e nove crianças. Há buscas para encontrar sobreviventes do ataque.
O nome da família de americanos é LeBarón. Eles vivem em uma comunidade mórmon fundamentalista na região da fronteira entre os dois países há décadas. Membros da família são ativistas anticrime, e fazem campanha contra grupos criminosos que atuam nos estados de Sonora e Chihuahua.
Eles viajavam em três carros utilitários quando foram atacados –de acordo com a Associated Press, os criminosos podem ter confundido a identidade dos passageiros.
Segundo o “New York Times”, os sobreviventes descreveram que uma criança foi atingida quando escapava, e outras estavam presas dentro de um carro em chamas.
Ao menos duas das vítimas tinham menos de um ano.
O crime aconteceu no estado de Sonora, no norte do México. A família vive em uma comunidade chamada La Mora, na cidade de Bavispe, nesse estado.
Em uma entrevista do “New York Times”, Julian LeBarón, primo das três mulheres que conduziam os carros, disse que a viagem era entre esses dois estados.
Rhonita LeBarón, que dirigia um dos carros, teve que parar porque um pneu furou, de acordo com o jornal mexicano "El Universal".
Parada na estrada, ela foi atacada pelos criminosos. Além dela, morreram quatro filhos dela: um menino de 11 anos, uma menina de 9 anos e dois gêmeos de menos de um ano.
Os dois outros carros foram atacados cerca de 13 quilômetros adiante. Duas outras mulheres morreram, segundo Julian LeBáron, assim como uma garota de 6 anos e um de 4 anos.
De acordo com um texto publicado por Jhon LeBarón em uma rede social, eram 17 pessoas que viajavam. Além dos nove que foram mortos, seis ficaram feridos e dois não sofreram agressões físicas.
Esse não é o primeiro caso em que um membro da família LeBarón é assassinado no México: em 2009, Benjamin LeBarón, que era um ativista anticrime, foi assassinado no estado vizinho, Chihuahua.
Violência no México
Outros episódios de violência aconteceram nos últimos meses no país.
No dia 14 de outubro, 14 policiais morreram em uma emboscada na região de Michoacan, no oeste do país, uma região que há anos enfrenta problemas por causa das disputas entre cartéis de traficantes de drogas.
No dia seguinte, no sul do país, houve uma operação que terminou com 15 mortos.
Três dias mais tarde, a polícia tentou prender um dos filhos do traficante “El Chapo”, mas criminosos da cidade de Culiacán atacaram forças de segurança e aterrorizaram os moradores até que soltassem o detido.
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