A Bahia é reconhecida mundialmente pelos seus diversos encantos: a música, as praias, a hospitalidade do povo, o tempero apimentado de sua culinária e a forte herança africana.
Mas os baianos têm ainda mais motivos para se orgulhar: um grupo de novos atletas vem se destacando no Brasil e no mundo, conquistando títulos e fãs por onde passam.
Na última edição dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro em 2016, quatorze atletas baianos integraram a delegação brasileira. À primeira vista, pode até parecer pouco. Mas quem disse que quantidade significa qualidade? Juntos, esses atletas garantiram, nada mais, nada menos, do que cinco medalhas olímpicas para o Brasil, ajudando o país a alcançar um excelente desempenho na competição.
O grande destaque dessa lista é, com certeza, o canoísta Isaquias Queiroz. Nascido em Ubaitaba, no sul do Estado, Isaquias escreveu seu nome na história das Olimpíadas e hoje figura como o principal atleta brasileiro na modalidade.Quando tinha apenas 22 anos de idade, Isaquias assombrou o mundo ao garantir três medalhas olímpicas na Rio 2016: prata na canoa individual (C1, mil metros); bronze na canoa individual (C1, 200 metros); prata na canoa de dupla (C2, mil metros). Com o feito, Isaquias se tornou o primeiro e único atleta olímpico brasileiro a ganhar três medalhas numa mesma edição dos Jogos. O talentoso baiano ainda conta com seis medalhas de ouro, duas de prata e três de bronze em Campeonatos Mundiais, Pan-Americanos e Mundial Júnior. E ele está de olho em Toquio-2020.
A medalha de Isaquias nas duplas foi conquistada junto com o também baiano Erlon de Souza. Natural de Ubatã, Erlon já havia garantido duas medalhas de prata nos Pan-Americano de 2011 e 2015, além de três ouros no Sul-Americano de 2010.
Já no boxe, a Bahia levou quatro atletas para representar o país. O destaque ficou por conta de Robson Donato Conceição, que escreveu seu nome na história ao se tornar o primeiro e único boxeador brasileiro a garantir um ouro olímpico.
Sua trajetória na categoria 60 quilos foi épica, vencendo o tricampeão mundial Lázaro Álvarez e o vice-campeão europeu Sofiane Oumiha. Após o ouro olímpico, Robson transferiu-se para o boxe profissional, onde estreou com vitória ao derrotar o norte-americano Clay Burns.
Ainda no boxe, Adriana dos Santos perdeu em sua estreia na Rio 2016. A baiana, no entanto, ja tinha escrito seu nome nas Olimpíadas de 2012, quando conquistou a primeira e única medalha de bronze olímpica do boxe feminino nacional. Robenilson Vieira de Jesus, medalhista de bronze no Pan-Americano de 2011, e Joedilson Teixeira de Jesus, único brasileiro a ganhar um ouro no World Combat Games, completaram a lista de baianos do boxe nacional.
Saindo dos ringues e indo para as quadras de basquete, temos a soteropolitana Isabela Ramona. Considerada por muitos como uma das revelações do basquete feminino nacional, Isabela defende atualmente o Valencia, da Espanha.
No atletismo, nosso destaque vai para Graciete Moreira. Natural de Serra Preta, na região metropolitana de Feira de Santana, ela participou da maratona, terminando em 128º. Uma curiosidade: Graciete entrou no esporte para se livrar da bulimia.
E teve baiano ganhando ouro nas Olimpíadas! Foi o volante Walace, atualmente defendendo o Hannover 96 na Alemanha. Ele começou a jogar no Simões Filho Futebol Clube, foi transferido ao Avaí e retornou para as categorias de base do Bahia.
Tempos depois, foi contratado pelo Grêmio, onde despontou para o futebol mundial. Walace ajudou o Brasil a conquistar a tão sonhada e inédita medalha de ouro olímpica, único título que faltava para a Seleção Brasileira.
Já no futebol feminino, três baianas fizeram parte da equipe que terminou na quarta colocação: a experiente Formiga e as zagueiras Fabiana e Rafaelle Suza, a Fafá. Formiga completou a sua sexta participação em Jogos Olímpicos, tendo duas pratas no currículo.
Na maratona aquática, uma dupla de baianos participou da terceira edição seguida dos Jogos: Allan do Carmo e Ana Marcela Cunha. Allan foi medalha de ouro nos Sul-Americano de 2006 e 2014, além de uma prata e um bronze nos Mundiais de 2015 e 2013 (respectivamente). Nos Jogos do Rio, terminou na 17º posição. Ana Marcela, conhecida como “Fominha”, coleciona medalhas em Campeonatos Mundiais e Sul-Americanos: são seis ouros, três pratas e três bronzes. Em 2015, foi considerada a melhor nadadora do mundo pela terceira vez. Em 2019, ela levou o ouro nos Jogos Mundiais Militares.
Saindo um pouco dos esportes olímpicos, chegamos no universo dos esportes mentais. Os baianos vêm se destacando bastante nas competições de poker mundo afora.
O atleta Gillian Conrado ganhou destaque ao conquistar o título num dos eventos do WCOOP 2018, o campeonato mundial de poker online. O baiano superou mais de 12 mil competidores, conquistou duas vitórias e abocanhou o prêmio de mais de 7 mil dólares. Já Hélio Neves fez bonito ao liderar entre os 34 brasileiros que avançaram para o segundo dia do Main Event da WSOP 2018 em Las Vegas.
Já deu pra perceber que a Bahia é um verdadeiro celeiro de craques do esporte. Não importa a modalidade, a certeza é que os atletas baianos estão representando o Estado e o país com muito talento e garra. Mais um dentre tantos motivos para o povo baiano se orgulhar de sua terra.
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