Muita gente que só queria ver uma livezinha tranquilamente, durante o isolamento social por causa da pandemia da Covid-19, acabou sendo vítima de um golpe. Criminosos criaram uma "gatonet de lives" e vêm tentando roubar dinheiro de fãs.
O G1 foi atrás dos sertanejos, das gravadoras e do YouTube para entender se havia alguma forma de coibir isso. Segundo eles, a partir do fim de semana seguinte (17 a 19 de abril) as lives piratas começaram a desaparecer.
Segundo a produção de alguns dos principais artistas do estilo, essas lives falsas chegaram a ter picos de mais de 1,5 milhão de views simultâneos.
Presidente da Universal, gravadora de artistas com lives de sucesso como Bruno e Marrone, Paulo Lima explica que nos últimos dias não foram mais encontradas lives piratas.
"Nós trabalhamos com o YouTube para derrubar essas lives. O YouTube implementou um sistema automático para derrubar todas essas retransmissões ilegais. Esperamos que isso logo acabe", diz Lima.
“Quer saber, acho muita sacanagem", desabafa Marília Mendonça ao G1. Ela chegou a fazer tutoriais em lives no Instagram para explicar aos fãs como não cair em golpes e como só entrar nas lives oficiais.
"Num momento deste, a pessoa está fazendo 'engenharia para roubar'! Espero que haja uma maneira de inibir esta papagaiada, ficaria muito feliz", completa a cantora. A Som Livre, gravadora de Marília e de Jorge & Mateus, não quis falar sobre o assunto.
A assessoria de Gusttavo Lima disse que a primeira live do cantor, que começou com essa onda de grandes transmissões, não teve doação de fãs.
Segundo a equipe do cantor, ele "reforçou ao público que a transmissão seria pelo canal oficial dele do YouTube, para alertar que as pessoas caíssem nesses golpes.”
O que diz o YouTube
O YouTube disse que todo o conteúdo disponível no site deve estar de acordo com as políticas deles, que proíbem o uso indevido de conteúdo de terceiros.
"Reivindicações relacionadas a direitos autorais cabem aos proprietários do material e o YouTube oferece diversas ferramentas", diz o site, por meio de nota.
Segundo o YouTube, eles têm trabalhado com artistas e gravadoras para explicar o uso desses recursos e para dar agilidade a denúncias relacionadas a retransmissões não autorizadas.
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