Desde o dia que o governo federal começou a pagar o Auxílio Emergencial a cena se repete: centenas de pessoas enfrentam o drama de buscar atendimento na Caixa Econômica Federal, Casas Lotéricas e agentes bancários credenciados em Santo Estevão. Seja enfrentando o mal tempo ou a espera para ser atendido com filas intermináveis.
São rostos e histórias diferentes que madrugam nas filas a espera de atendimento, como dona Maria Conceição Leite, 33 anos, mãe de três filhos que, desde segunda-feira tenta receber o Auxílio Emergencial, porém sem sucesso. "Já é o terceiro dia que enfrento esta fila, mas sou vencida pelo problema de coluna que sofro há anos e não estou vendo atendimento preferencial. É todo mundo em uma fila só", relatou a dona de casa que está desempregada.
O banco, por exemplo, optou por colocar apenas duas filas para atender toda a demanda que só vem crescendo dia pós dia: uma fila exclusiva para quem vai usar os terminais de caixas eletrônicos e outra para todos os tipos de atendimentos, sejam eles comerciais ou da Bolsa Família e demais beneficiários do auxílio do governo.
Logo nas primeiras horas da manhã as equipes da Saúde, SMTT, Guardas Municipais e SEDUC se desdobram para tentar organizar ao máximo as filas e evitar aglomerações. A avenida Castro Alves, onde concentra a agência da Caixa, uma lotérica e três agentes bancários credenciados é onde há o maior fluxo de pessoas. As equipes da prefeitura vem interditando a rua para evitar acidentes, distribui máscaras de proteção, orienta, mede a temperatura das pessoas na fila, mas a luta parece ser interminável.
Problemas no atraso das validações dos cadastros e falhas constantes do aplicativo Caixa Tem, que serviria para facilitar as transações bancárias, evitando filas, só contribuiu para a procura à bancos e credenciados. É o caso do autônomo José Dias dos Santo Fiúza. "Tô desde o dia 20 de abril aprovado pelo aplicativo da Caixa, mas não consigo acesso ao Caixa Tem. Agora, com uma atualização estão gerando uma senha com duração de duas horas mas enfrento filas por mais de 6h aqui. Não tem condições", desabafa.
O Correio da Cidade tentou diversas vezes contato por telefone com a agência local da Caixa, mas sem sucesso.
Reportagem | Alysson Ribeiro
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