Um tubarão foi encontrado na praia de Itapuã, na manhã deste sábado (15). O peixe nadava fora da costa, quando foi encontrado por pescadores. Levado à terra, o animal, de pouco mais de dois metros, foi fatiado e suas partes vendidas no local.
Segundo o morador de Itapuã, o administrador Rogério Silva, 36 anos, o tubarão teria sido pescado. “Ouvi alguns pescadores dizendo que outros pescadores que jogam a rede fora da costa viram o animal e o pescaram”, contou Rogério, que fez foto do tubarão já morto quando passava na praia, nas imediações da Colônia de Pescadores, por volta das 8h.
Levado à areia, o tubarão foi atração de muitos curiosos. “Não faltou gente para tirar foto ao lado. Pra gente isso é novidade. Nunca tinha visto um de perto”, disse um outro pescador. Segundo ele, o animal ficou inteiro por no máximo 40 minutos.
O biólogo Rodrigo Maia, assessor do programa Pan-Tubarões do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), contou que se trata de um tubarão lombo-preto, muito comum nesta região, sendo a terceira espécie mais frequente em nossas águas. Segundo ele, este animal costuma nadar em águas abertas, a 200 e 500 metros de profundidade. "Pelo que vi, trata-se de uma fêmea. Esse animal chega a 2,3 metros. Se esse tem dois metros, é enorme", explica.
Pescadores levaram o tubarão para a areia, juntando curiosos (Foto do Leitor/CORREIO) |
Ainda segundo o biólogo, é preciso entender que todo tubarão é perigoso para os humanos. "O animal está no ambiente dele, nós é que somos uma ameaça. Ele não tem mãos, então sente pela boca, é sempre um perigo", ressalta. O professor de Biologia André Carmo acrescenta que o animal não ataca e que é preferível chamar os casos de acidente. "Porque é o ser humano que está adentrando a área do animal", completa.
Conforme Maia, Salvador tem uma plataforma continental estreita, então, numa distância bem curta, é possível chegar em águas profundas. "Navegando entre sete e 15km se chega em área profunda. Se os pescadores estavam a mais de 7km, como é normal em pescaria, e ele estava pela área, é absolutamente normal. O acaso é terem conseguido capturar porque ele não deve ter vindo para a costa", explica.
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