Começou a arrancada? Não. Definitivamente, não. Depois de interromper a série de sete partidas sem vencer com um 3 a 0 sobre a Ponte Preta fora de casa, o Bahia jogou muito mal e não passou de um empate com o Avaí, neste domingo, 16, em Pituaçu, por 1 a 1.
A equipe, que saiu bastante vaiada pela torcida, continua ameaçada pela zona de rebaixamento. Está em 14º, com 16 pontos, três a mais justamente que o Leão de Floripa, na ‘portaria’ do Z-4.
Na próxima rodada, quarta-feira, 19, o Tricolor visita o Atlético-MG, às 21h45. Destaque do time e autor do gol neste domingo, Renê Júnior é desfalque pelo terceiro amarelo.
Bocejos
O ritmo que o Bahia impôs na primeira etapa foi propício para o torcedor encostar no cimento da arquibancada de Pituaçu, bocejar e tirar aquela soneca. O Tricolor manteve a bola por 63% do tempo, mas ousou muito pouco. Trocou passes sem objetividade e levou perigo em raras ocasiões.
Já o Avaí esperava o Esquadrão em seu campo para partir em um eventual contra-ataque. Nos primeiros minutos, o Bahia só tentou em chutes despretensiosos de Éder e Renê Júnior, e com o mesmo Renê de cabeça após levantamento em cobrança de falta de Régis.
O lance que inaugurou as emoções na partida surgiu aos 25 minutos, quando o Avaí quase abriu o marcador. Júnior Dutra foi ao fundo e cruzou à meia-altura. O zagueiro Éder, que substituiu o capitão Tiago, suspenso, escorregou e Joel chegou perto de balançar a rede com a cabeça.
Além da lentidão na construção de jogadas, o Bahia também penava pela falta de inspiração de meias criativos Régis e Allione. Este último, quando acertou, não marcou por pouco. Aos 29, Eduardo fez ótima jogada pela direita e cruzou rasteiro. Allione desviou de letra e só parou na trave.
Cinco minutos depois, João Paulo pegou sobra de cobrança de escanteio em boa posição, Mas a bola ficou no seu pé direito e o chute saiu fraco, nas mãos do goleiro.
Com uma dupla ação, o técnico Jorginho reconheceu a fraca atuação do equipe na metade inicial da partida. Trocou já no intervalo Allione e Régis por Gustavo Ferrareis e Vinícius. Com sangue novo, o Bahia planejava partir para cima.
Porém, os problemas continuavam. O principal deles era a insistência no afunilamento das jogadas e a pouca utilização dos espaços pelas laterais, por onde o time leva mais perigo.
Foi pelo meio mesmo que Mendoza, após tabela com João Paulo, deu lindo chute de fora para Douglas salvar aos 15 minutos. Beleza rara no jogo, mas que voltaria a dar o ar da graça aos 29. Foi quando o volante Renê Júnior resolveu fazer o trabalho dos homens de frente.
Pedalou, tabelou com Vinicius, encobriu o marcador com um toque de cabeça e finalizou para a rede. Golaço que o fez assumir a artilharia do time no Brasileiro, com três gols, e ter o nome cantado pela galera.
Poderia ter decidido a parada, mas um erro de Jean na saída após cobrança de escanteio, aos 38 minutos, originou o gol ‘extra-oficial’ de Rômulo. Ele tocou levemente de bico depois de tentativa de bicicleta de Júnior Dutra, que acabou levando o crédito oficial do tento.
Bahia 1 x 1 Avaí - 14ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Roberto Santos (Pituaçu)
Gols: Renê Júnior, aos 29, e Júnior Dutra, aos 39 minutos do 2º tempo
Público: 12.389 pagantes
Renda: R$ 196.162
Árbitro: Eduardo Tomaz de Aquino Valadão
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva e Cristhian Passos Sorence (Trio de Goiás)
Cartões Amarelos: Renê Júnior e Feijão (Bahia)
Bahia - Jean; Eduardo; Éder; Lucas Fonseca; Matheus Reis; Matheus Sales; Renê Júnior; Allione (Gustavo Ferrareis); Mendoza (Júnior Brumado); Régis (Vinícius); João Paulo. Técnico: Jorginho
Avaí - Douglas Friedrich; Leandro Silva; Alemão; Betão; Capa; Simião; Pedro Castro; Lucas Otávio (Lourenço); Rômulo (João Paulo); Júnior DutraJoel (Willians). Técnico: Claudinei Oliveira
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