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Após Rui Costa falar em 'sinal vermelho' para Feira de Santana, prefeito vê cidade segura e explica situação

Colbert Martins diz que índice de letalidade na cidade é de 2,04%, menor entre os municípios com as maiores taxas de contaminação na Bahia

29/05/2020 às 07h35 Atualizada em 30/05/2020 às 09h14
Por: Correio Fonte: G1
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Prefeito Colbert Martins — Foto: Reprodução
Prefeito Colbert Martins — Foto: Reprodução

Com mais de 400 casos confirmados da Covid-19, o município de Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, registrou aumento na taxa de crescimento de contaminação pelo novo coronavírus nos últimos dias. A situação é vista com preocupação pelo governador da Bahia, Rui Costa, que falou em “sinal vermelho” para a cidade em live realizada na última quarta-feira (27).

“Diria que de todas as dez maiores cidades com casos, hoje é a que mais nos preocupa. Dia 22 era 248. Hoje é 408. Feira de Santana não é mais sinal amarelo, mas sinal vermelho que está aceso. É preciso aumentar a restrição de convívio social. Precisa aumentar isolamento urgente. Se continuar, vai ter explosão de casos nos próximos dias. É hoje o município com maior taxa de crescimento nos últimos cinco dias. É preocupante a situação de Feira”, disse Rui Costa.

Nesta quinta-feira, o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, explicou a situação do município em entrevista coletiva ao lado de Melissa Falcão, coordenadora do Comitê Gestor de Controle ao Coronavírus, e Denise Mascarenhas, Secretária de Saúde da Prefeitura. Na ocasião, o gestor afirmou que a cidade está “segura” e mostrou os números do combate à pandemia.

“Índice de letalidade em Feira de Santana é de 2,04%, atrás de Vitória da Conquista, Ilhéus, Salvador, Itabuna, Jequié e Ipiaú, municípios com maior incidência de casos. Em relação a pacientes curados, tem 35,15% de recuperados. Estado tem 34,17%”, disse o prefeito.

“Feira de Santana está segura, o tratamento está correto, a forma de atuação está totalmente adequada. Todos os níveis, inclusive de letalidade, estão abaixo de outros municípios do estado. Estamos fazendo o que é correto dentro da perspectiva de crescimento de casos no Nordeste como um todo, na Bahia, interiorização da epidemia. Temos certeza que estamos fazendo o que é correto. Em Feira de Santana, os níveis de internamento estão muito aquém dos níveis de outros municípios, inclusive do nível médio da Bahia”, continua Colbert Martins.

Quanto ao "sinal vermelho" mencionado pelo governador, o prefeito Colbert Martins afirma que trabalha com esse alerta há mais tempo na cidade.

"Não ligou sinal vermelho agora. Nós ligamos sinal vermelho dia 6 de março, quando começamos a atuar todos os dias. O governo do estado não começou a atuar em 6 de março. Aí ligamos o sinal vermelho de alerta, prevenção, trabalho. Feira ligou sinal vermelho há muito tempo, para que nós tivéssemos a situação que temos hoje. Não precisa ninguém ligar sinal vermelho para a gente. A gente sabe o que faz. Continuaremos na linha do que precisa ser feito. Se precisar mudar de estratégia, não há dificuldade", disse o prefeito de Feira de Santana.

Para Melissa Falcão, o número de casos registrados em Feira de Santana está menor que o imaginado para este momento do combate à pandemia. A coordenadora acrescentou que esse acréscimo é resultado também do aumento da testagem no município.

“Está num quantitativo muito menor que imaginava. Depois de 88 dias, não esperávamos apenas 441 casos e, sim, um aumento maior. Nossa maior preocupação não é o número absoluto de casos, mas como eles estão influenciando no nosso serviço de saúde, no número de internamento e mortes. Estamos com uma taxa de mortalidade menor que a esperada no Brasil e no mundo. A taxa média é de 3% a 5%. Estamos com média de 2% de mortalidade. Queremos diminuir ainda mais essa taxa de mortalidade. Apesar de os casos terem subido, não nos encontramos em uma situação crítica. Temos leitos disponíveis para pacientes, que terão tratamento adequado”.

"Esse aumento em maio se deve ao momento epidemiológico que vivemos e também à maior quantidade de testes realizados, não só pelos municípios, como pelos laboratórios privados", informou Melissa Falcão.

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