O segundo dia de buscas pelas cinco pessoas desaparecidas no Rio Paraguaçu foram encerradas na tarde desta sexta-feira e serão retomadas neste sábado (4). Três crianças, uma adolescente e um adulto seguem desaparecidas desde o final da tarde do dia 1º. Até o momento as equipes não tiveram êxito em encontrar nenhuma das vítimas.
De acordo com um dos Bombeiros que falou com o Correio da Cidade, o local apresenta uma série de dificuldades. "Temos muitos entraves que dificultam as buscas como a profundidade e extensão do rio, as algas, mas só daremos por encerrado quando encontrarmos todas as vítimas", disse.
O idoso Paulo Roberto, de 62 anos guiava a embarcação, quando ela se prendeu em plantas aquáticas, as chamadas baronesas, e virou. Ele não conseguiu encontrar as crianças e o amigo, identificado pelo prenome de Roque, e nadou até a margem para buscar ajuda. “É muito complicado. Eu estou muito triste para sobreviver. Ela [a canoa] tombou e tombou de uma vez. Eu tentei desviar dos bancos de baronesa e ela arreou de uma vez. Aí entrou água e foi de vez ao fundo, foi rápido demais. Nenhuma delas sabia nadar. Eu não sei o que aconteceu, porque o rapaz sabia nadar. Ele tem 50 e poucos anos, sabia nadar e não voltou”, disse Paulo Roberto ao G1.
Ele é pai de uma das crianças desaparecidas, Natália, de 14 anos. Além dela, estão desaparecidos também Roque, que tem por volta de 50 anos; Cauã, 11; Gabriele, 8; Luís Felipe, 5.
A ação é realizada por bombeiros mergulhadores, uma equipe náutica do 13° Grupamento de Bombeiros Militar (13°GBM/Gmar) e o apoio do 2°GBM. As equipes de profissionais contaram com a ajuda de parentes e amigos da família, que pegaram os próprios barcos para auxiliar nas buscas.
Em Cabaceiras do Paraguaçu o clima é de comoção. "Sinto a dor desta família. Estou com o coração aflito, sem dormir direito e orando para que essas crianças sejam encontradas logo, mas sei que quanto mais as horas passam mas difícil fica encontrar as vítimas com vida", disse a estudante Geissiane Santana. "Queria poder fazer algo por esta família, pelas vítimas. A gente olha para este rio e sente uma sensação de impotência em não poder ajudar mais", disse Cristiano Santos Silva, morador da região de Tupiaçu, povoado de Cabaceiras do Paraguaçu.
Correio da Cidade
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