Uma bolsa usada pelo astronauta norte-americano Neil Armstrong para trazer as primeiras amostras de pó da Lua de volta à Terra foi vendida para um comprador anônimo por US$ 1,8 milhão em um leilão em Nova York nesta quinta-feira (20), marcando o 48º aniversário da primeira visita à Lua.
A bolsa, que durante anos permaneceu sem ser identificada em uma caixa no Johnson Space Center em Houston, foi comprada por uma pessoa que fez a oferta por telefone e não quis ser identificada publicamente, disse a casa de leilões Sotheby's.
Os leiloeiros esperavam que a bolsa fosse ser vendida entre US$ 2 milhões e US$ 4 milhões.
O objeto foi o item de maior valor em um leilão de memorabilia da Lua que incluiu o plano de voo da Apollo 13, anotado por sua equipe, vendido por US$ 275 mil; um traje espacial usado pelo astronauta norte-americano Gus Grissom, adquirido por US$ 43.750, e uma famosa imagem de Buzz Aldrin da Apollo 11 na Lua tirada por Neil Armstrong, que foi vendida por US$ 35 mil.
O destino da bolsa, que mede cerca de 30 cm por 20 cm e tem a inscrição "retorno de amostra lunar", ficou por décadas desconhecido, depois que Armstrong e sua equipe da Apollo 11 chegaram em casa em julho de 1969.
Depois de desaparecer do Johnson Space Center, a bolsa finalmente apareceu na garagem do gerente de um museu do Kansas, Max Ary, que foi condenado por seu roubo em 2014, de acordo com registros judiciais.
A bolsa foi apreendida pelo US Marshals Service, que a colocou em leilão três vezes, sem lances, até que foi comprada em 2015 por US$ 995 por uma advogada da área de Chicago, Nancy Lee Carlson.
Ela enviou a bolsa para autenticação da Nasa, e quando os testes revelaram que tinha sido usada por Armstrong e ainda tinha vestígios de poeira lunar, a agência espacial dos EUA decidiu mantê-la.
Carlson processou com sucesso a Nasa para recuperar a bolsa, e a atenção criada pelo processo judicial gerou muito interesse de potenciais compradores, de acordo com a Sotheby's. Isso levou Carlson a decidir leiloá-la novamente.
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