O prefeito ACM Neto anunciou nesta sexta-feira (27) que o Carnaval de Salvador não acontecerá em fevereiro e está, no momento, suspenso por conta da pandemia de covid-19. "Trabalhei no limite do prazo para tomada dessa decisão", afirmou Neto. "E ele pode acontecer em outro momento? Tudo vai depender da vacina", afirmou o prefeito. Ele disse que a possibilidade do Carnaval acontecer em 2021 está condicionada à existência de uma vacina acessível a todos. "Não há data nesse momento prevista. Não há prazo previsto".
Neto lembrou que sempre defendeu que caso haja a vacina disponível, os prefeitos das principais cidades com Carnaval se reúnam para escolher uma data em comum para a folia. "Agora, nem eu, nem Bruno (Reis, prefeito eleito), nem ninguém, pode estabelecer uma data. Porque essa data dependerá da vacina. Não está claro para ninguém quando vamos ter essa vacina. Quando essa vacina vai ser colocada no bracinho de todos os brasileiros. E ninguém é louco de prever o Carnaval sem a segurança de uma vacina que imunize toda população", destacou.
Ele disse que esperou até o final de novembro para saber se teríamos alguma ideia do prazo para a vacina. "Ninguém será irresponsável de marcar uma data para o Carnaval sem ter essa clareza", repetiu. "Não teremos Carnaval em fevereiro. Qualquer outra coisa é especulação, é boato".
Neto chamou de "duro golpe" para Salvador a notícia da suspensão do Carnaval. "Toda uma cadeia produtiva existe por causa dele e que funciona os 365 dias do ano e está muito comprometida", disse. "Claro que não fazer o Carnaval acaba reforçando isso. Não podemos deixar de reconhecer que todo calendário de verão de Salvador está comprometido. Não haverá festa de largo".
Também presente no evento, o prefeito eleito Bruno Reis falou do combate à pandemia em Salvador. "Em nenhum momento tivemos toque de recolher ou lockdown, sempre isolamento parcial. E desde que foi possível a retomada das atividades estamos dando todo apoio ao setor produtivo da nossa cidade", avaliou. "Aqui ninguém está falando em segunda onda, se vai chegar ou não. Mas os números estão mostrando o crescimento", disse.
Bruno lembrou também que a prefeitura sempre esteve em contato com os setores que atuam no Carnaval. "(Eles sempre diziam que) Não daria para realizar um Carnaval se não fosse com três meses de antecedência. E nós sempre dissemos que iríamos ouvi-los, como fizemos", afirmou. Ele disse estar triste com a decisão de hoje. "Comunicar uma decisão como essa não é fácil, até porque sabemos a importância do Carnaval para a economia da nossa cidade. Só teremos condições de realizar o Carnaval tendo condições sanitárias para isso".
Além disso, Bruno afirmou que tendo um calendário de vacinação, vai negociar nacionalmente em busca de uma data conjunta, como defende Neto, para realização do Carnaval.
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