Uma pesquisa da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em parceria com UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), publicada no fim da tarde desta terça-feira (23), indica que a variante britânica do coronavírus está presente em ao menos oito estados brasileiros.
Levantamento do Ministério da Saúde, divulgado mais cedo, apontava a presença da variante conhecida como B.1.1.7 em quatro Estados, sendo São Paulo, Bahia, Goiás e Rio de Janeiro.
Renan Pedra de Souza, professor e pesquisador da UFMG, explica que os dados ainda não são suficientes para saber se a variante está circulando entre a população de alguns Estados, como em Minas Gerais. Uma segunda fase da pesquisa vai esclarecer a dúvida até o início do próximo mês.
— Mais importante que isso, no momento, é determinar a frequência de circulação. Pode ser que os casos sejam raros e não demande alarde. Pode acontecer, também, como em Manaus, onde a variante P1 hoje já representa 60% dos infectados.
A lista do estudo não indica o Estado de Goiás, como o levantamento do Ministério da Saúde, mas traz também Minas Gerais, Espírito Santo, Sergipe e Bahia. Veja a lista de cidades com a variante detectada:
1. Belo Horizonte (MG)
2. Betim (MG)
3. Araxá (MG)
4. Barbacena (MG)
5. Rio de Janeiro (RJ)
6. Campos dos Goytacazes (RJ)
7. Curitiba (PR)
8. Cuiabá (MT)
9. Primavera do Leste(MT)
10. Aracaju (SE)
11. São Paulo (SP)
12. Americana (SP)
13. Santos (SP)
14. Valinhos (SP)
15. São Sebastião do Passe (BA)
16. Barra do São Francisco (ES)
Coleta de dados
Os resultados foram concluídos com base em 25 amostras de exames da covid-19 realizados pela rede de laboratórios Hermes Pardini, nas cidades citadas.
Souza, que também é professor de genética do ICB (Instituto de Ciências Biológicas) da UFMG, explica que a B.1.1.7 tem maior potencial de transmissão, o que pode provocar um aumento de contaminações e, assim, internações. No entanto, a variante não é mais letal.
— Admitindo isto, o cidadão comum tem que evitar a transmissão do vírus e reforçar o distanciamento social.
A reportagem procurou o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde de Minas Gerais para comentar os dados, mas ainda não teve retorno.
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