A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) realizou nesta segunda-feira (26) a aula inaugural do primeiro curso on-line em “Formação Política e Gestão de Meio Ambiente”, para gestores municipais em meio ambiente dos 417 municípios baianos. A primeira turma terá as aulas ministradas em três semanas, ao longo dos meses de abril e maio, com carga horária total de 60h. O curso, que teve mais de 500 inscritos, tem o objetivo de fortalecer o Programa Gestão Ambiental Compartilhada (GAC) e a estruturação sistêmica das secretarias ambientais municipais.
“Hoje iniciamos mais um projeto para o fortalecimento da gestão ambiental no estado. Um projeto que tem uma simbologia muito importante, ainda mais na atual conjuntura com a pandemia, onde o nosso grande desafio é a construção coletiva do meio sustentável”, destacou o secretário da Sema, João Carlos Oliveira. A proposta do curso é aumentar os níveis de eficiência e eficácia no planejamento ambiental dos municípios, mediante a adoção de instrumentos e ferramentas de gestão do território que permitam o adequado posicionamento para os problemas socioambientais.
O curso será realizado através de transmissões ao vivo, onde os estudantes cumprirão a carga horária que está dividida entre aulas expositivas, elaboração e construção de um relatório/diagnóstico municipal e apresentação oral. Um tutor também apoiará as atividades realizadas, atendendo as dúvidas por ferramentas de videoconferência. Para a obtenção do certificado, é necessário ter uma frequência mínima de 75% e nota igual ou superior a 7 no trabalho entregue no final.
De acordo com a diretora-geral do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Márcia Telles, a iniciativa fortalece ainda mais a gestão ambiental como uma ação compartilhada. “Se as equipes ambientais estão capacitadas, as ações nos municípios serão exercidas de forma conjunta, cada vez mais qualificada, com ações educativas e preventivas. É importante que os novos gestores entendam a política que se desenvolve no estado. A Bahia tem características geográficas diversas, então os gestores precisam afinar as ações ambientais, porque efetivamente a atividade econômica acontece nos municípios”, explicou.
Na abertura do curso, os participantes já tiveram a primeira aula com o deputado federal, Rodrigo Agostinho, que é coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista e membro da Frente Parlamentar pelos Direitos dos Povos Indígenas. Em sua palestra, ele destacou que se a Bahia decidiu que a sua economia é a agricultura, pensar a questão climática é um dos fatores essenciais. “É evidente que com o passar dos anos, e já percebemos atualmente, que teremos o agravamento dos períodos de seca e uma intensificação de períodos de chuva em períodos curtos, isso tudo cria uma série de problemas socioeconômicos e ambientais”, explicou.
Agostinho trouxe também outra discussão que é a questão do desmatamento. “Apesar de ser um dos estados com a maior biodiversidade do mundo, essa biodiversidade está ameaçada. A Bahia com toda essa riqueza, ela tem o desafio de conservação que precisa ser compartilhado em comum por todos. Essa responsabilidade é tanto do governo federal, quanto do estado e dos municípios, que conseguem impactar diretamente no meio ambiente, que é a competência de agir em seu interesse local”, completou.
“O município tem o poder de elaborar um Plano Diretor, pode fazer uma lei de zoneamento, dizer como o território deve ser ocupado. A educação ambiental participativa também pode ser trabalhada com temas relevantes na atualidade, mostrando os problemas, mediando os conflitos, fazendo com que as pessoas mudem seus comportamentos com a natureza”, comentou Rodrigo Agostinho.
Participaram também da aula inaugural, a deputada federal, Lídice da Mata; o superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Claudemir Nonato; e o diretor de Educação Ambiental para Sustentabilidade da Sema, José Carlos Oliveira, que mediou o evento. Para assistir o evento na íntegra, acessar a página:youtube.com/semabahia.
Fonte: Ascom/ Sema
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