O gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, rechaçou nesta quinta-feira (13) as críticas feitas pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e pelo presidente Jair Bolsonaro de que as cláusulas do processo para a aquisição de vacina contra a covid-19 seriam ‘leoninas’ e ‘abusivas’.
“Não concordo com esse posicionamento, nem com esse indicativo de clausulas leoninas. Nesta pandemia, a Pfizer, numa situação sem precedente, queria que todo mundo colaborasse com esse processo. Por isso, definiu para todos os países as mesmas condições que fez ao Brasil”, disse Murillo em depoimento à CPI da Covid.
De acordo com ele, tirando mudanças regionais nos acordos, o contrato que foi sugerido ao Brasil é exatamente o mesmo assinado por 110 países do mundo.
Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde havia afirmado que a oferta de vacinas pela farmacêutica incluía cláusulas abusivas e que causaria frustração à população, em razão da pequena quantidade. Segundo o governo, as doses iniciais oferecidas ao Brasil seriam mais uma "conquista de marketing".
O gerente-geral da Pfizer explicou que foram feitas três ofertas seguidas ao Brasil em agosto de 2020 (dias 14, 18 e 26) para o início da entrega de seu imunizante já no ano passado. O laboratório sugeria ao Ministério da Saúde sempre duas possibilidades: 30 milhões ou 70 milhões de doses.
De acordo com Murillo, as quantidades prometidas por período foram mudando a cada nova oferta. A terceira proposta garantiria ao Brasil 18,5 milhões de doses até junho de 2021, fim do segundo trimestre.
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