O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta segunda-feira (17), a apoiadores que o aguardavam no Palácio da Alvorada, que deverá perder a votação do Congresso Nacional de um projeto de lei que fixa o ICMS que incide sobre os combustíveis nos Estados.
"O Congresso dificilmente tem convergência das coisas, é natural, a vida toda foi assim. Entramos com projeto lá, pedi urgência e acho que vou ser derrotado. Para que cada estado defina um valor fixo do ICMS porque isso diz uma emenda à Constituição de 2001. Como devo perder isso aí, eu só tenho um caminho: vou ter que perder no Supremo Tribunal Federal", avisou.
Segundo Bolsonaro, a esperança é o Supremo reverter a eventual derrota no Parlamento. "Tem estado em que é um estupro o ICMS, e o pessoal culpa a mim. Então, queremos definição. O estado cobra o que quiser, mas que diga o quanto está cobrando. Quando aumenta a gasolina, o pessoal me culpa. Agora, quando diminui, não abaixa na ponta da linha. Fiquei dois meses sem cobrar PIS/Cofins, mas não baixou nada", explicou.
O chefe do executivo federal também voltou a criticar os "idiotas do fique em casa" pouco depois de elogiar a atuação do agronegócio no Brasil. "O agro não parou. Tem uns idiotas do “fique em casa”. Até hoje, tem uns que ficam em casa. Se o campo tivesse ficado em casa, esse cara tinha morrido de fome. Esse idiota tinha morrido de fome. E ficam reclamando de tudo. Agora, quem tem salário fixo ou uma gorda aposentadoria, aí pode ficar em casa o dia todo. Não tem problema nenhum", disse.
Bolsonaro foi cobrado por uma apoiadora a vetar um projeto de lei (PL 399/2015) que libera a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da maconha em sua formulação.
"Isso é com o Parlamento, se chegar para mim eu veto. Engraçado: a maconha pode, a cloroquina não pode. [...] A esquerda sempre pega uma oportunidade para poder liberar as drogas. Maconha e cocaína fazem bem, sem problema", emendou com ironia.
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