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Sobreviventes relatam pânico em naufrágio de lancha em Mar Grande

"Muita gente caiu no mar. Levaram duas horas para resgatar as pessoas. Absurdo, pois a lancha estava próxima do atracadouro", reclamou Edivaldo, sobre a demora do resgate.

24/08/2017 às 12h47
Por: Correio
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Sobreviventes relatam pânico em naufrágio de lancha em Mar Grande

Alguns dos sobreviventes do naufrágio da lancha na ilha de Mar Grande, em Vera Cruz, Bahia, ocorrido na manhã desta quinta-feira, 24, relataram o desespero que vivenciou durante o acidente. Até a publicação desta matéria, 23 mortos já foram confirmados oficialmente pela Marinha.

O sonoplasta e morador da ilha de Itaparica, Edivaldo Santos, 53 anos, disse que começou a chover forte no momento que a lancha começou a viagem. E, por conta dos ventos, ondas grandes se formaram. "Muita gente caiu no mar. Levaram duas horas para resgatar as pessoas. Absurdo, pois a lancha estava próxima do atracadouro", reclamou Edivaldo, sobre a demora do resgate.

O passageiro ainda contou que colocaram uma lancha pequena para transportar uma grande quantidade de pessoas. "Eu só pensei em minha família. É uma situação muito triste, você só ver água em sua frente. E, para piorar, o resgate demorou duas horas para chegar", desabafou.

A faxineira Morenita Santana, 34 anos, que também mora na ilha, disse que não havia segurança na lancha. "Não tinha nenhuma segurança. Quando a gente percebeu, a embarcação já tinha virado por cima da gente", disse a mulher, que vem a Salvador todas as quintas para trabalhar.

Assim que soube do naufrágio, o teólogo Marival Ramos, 51 anos, que trabalha em Salvador, correu para o terminal marítimo da capital baiana para saber notícias do filho Matheus Ramos, 23 anos, que estava na embarcação. "Eu peguei a lancha anterior, de 6h, já estava no trabalho. É um alívio muito grande de vê-lo bem", disse o homem, emocionado.

O filho, Matheus Alves, contou que foi atingido pela embarcação, quando a lancha virou. "Estava sentado do lado do mar. A lancha virou por cima de mim, atingindo meu ombro esquerdo. Quando emergi, dei de cara com uma lona e tive que rasgá-la pra poder respirar", relatou.

O técnico em informática Edvaldo Conceição, 31 anos, disse que embarcou na lancha por que se atrasou em relação ao horário anterior. "Eu perdi a lancha de 6h e acabei vindo na próxima", conta o passageiro, que ajudou a resgatar outros afogados. "Algumas pessoas ainda ajudaram a resgatar, colocar nos botes, mas, infelizmente, nem todos sobreviveram", lamentou o técnico.

De acordo com Jacinto Chagas, presidente da Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), cerca de 130 pessoas estariam embarcadas. A lancha, no entanto, teria capacidade para 170.

Segundo o Comando do 2º Distrito Naval, a embarcação teria tentado ajudar um barco que estaria encalhado e ocasionado, possivelmente, o naufrágio. O órgão irá investigar a situação.

 
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