As famílias das vítimas do ataque a creche de Saudades, no Oeste catarinense, ainda tentam buscar forças para lidar com o luto. Evandro Sehn, pai de uma das três crianças que morreram em 4 de maio, afirma que só agora, um mês após a perda da única filha, a família está voltando ao trabalho e à rotina.
"Nós vivíamos por ela. Antes, os dias eram corridos. Agora, eles se tornaram intermináveis. Sentimos sua falta em tudo", desabafa.
Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses, foi uma das quatro crianças menores de 2 anos feridas pelo jovem que invadiu a unidade infantil Aquarela usando um facão e uma faca. Após serem feridos pelos golpes, três crianças e duas profissionais do local morreram. Um menino sobreviveu.
O pai de Sarah relata que ele, a mulher e demais familiares que conviviam diariamente com a menina, como os avós, estão contando com apoio psicológico, além do amparo de amigos.
"Esta semana começamos um novo normal. Isso de uma maneira está nos fazendo bem por manter nossa mente ocupada. Porém, sentimos a falta, um buraco escuro que insiste em não ser preenchido", afirma.
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