A distribuição desigual de imunizantes entre os estados brasileiros segue gerando polêmica. Considerando os dados do Ministério da Saúde computados até o início da última semana, a Bahia é o 10º estado a receber menos doses de imunizantes. Na proporção com o tamanho da população, o estado recebeu apenas 0,76 dose por habitante.
O desequilíbrio é explicado pelo critério adotado para distribuição das doses. O Ministério da Saúde usou como critério primário os grupos prioritários, ou seja, estados com mais idosos ou mais profissionais de saúde receberam mais doses. Uma nota emitida pela Comissão Especial de Enfrentamento á Covid-19, vinculada à pasta da saúde, afirmou que o critério de distribuição da doses foi alterado desde 29 de julho e passou a levar em conta a população maior de 18 dos estados, a proporção de doses já aplicadas, e a quantidade de doses que ainda estejam pendentes de serem entregues a cada estado.
Além da Bahia, todos os estados entre os dez que menos recebem são da região Norte e Nordeste. O Amapá é o estado que menos recebeu as vacinas, computando apenas 0,66 doses por habitante. São Paulo é o único estado do país que já recebeu doses suficientes para vacinar toda sua população com pelo menos uma dose tendo recebido 1,04 dose por habitante. Na comparação entre o primeiro e o último lugar do ranking, São Paulo recebeu 57% a mais de doses que o Amapá.
Completam a parte de baixo do ranking o Pará (0,68 doses/habitante), Rondônia (0,69 doses/habitante), Tocantins (0,72 doses/habitante), Ceará (0,75 doses/habitante), Piaui (0,75 doses/habitante), Alagoas (0,76 doses/habitante), Pernambuco (0,76 doses/habitante), e Sergipe (0,76 doses/habitante).
Com as doses recebidas, São Paulo já conseguiu vacinar 60,3% de sua profissão. Já o Amapá vacinou 36% da população. A Bahia já vacinou com pelo menos uma dose, 44% de sua população.
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