Em pronunciamento nesta terça-feira (31), o senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou a inclusão da Medida Provisória 1.045/2021, que altera a legislação trabalhista, na pauta de quarta-feira (1º). Ele declarou que essa MP prejudica os trabalhadores e nem deveria ser votada.
— Podem duvidar, mas vou dizer: mexe no décimo-terceiro, nas férias, no FGTS. Reduz salário, hora-extra, auxílio-doença. [Mexe] nas contribuições da Previdência, dificulta o acesso à justiça. Como ficam os sindicatos? Como ficam as negociações coletivas? Como fica o trabalho intermitente? como ficam os acidentes do trabalho? — questionou.
Paim disse que o cenário fica ainda pior quando juntam-se às perdas provocadas pela medida provisória os aumentos de preços da energia elétrica, dos combustíveis e do gás de cozinha. Isso tudo, ressaltou o senador, gera consequências no preço dos alimentos e no custo de vida da população.
— Por qual motivo a corda sempre arrebenta do lado mais fraco? O que estamos vendo hoje é a repetição da história. Os trabalhadores e as trabalhadoras, os pobres, são os atingidos. Todos nós sabemos que reforma trabalhista e previdenciária não gera um emprego. Já aconteceu antes. Estamos hoje com o maior índice de desemprego de todos os tempos. E fizeram reforma trabalhista. É só lembrar as mudanças que fizeram de forma radical na CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] e na Previdência. Prometeram 10 milhões de empregos. O que foi que aconteceu? Aumentou o desemprego.
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