Santo Estevão | Moradores reclamam de prejuízos causados por falta d´água

Contas com valores elevados e vários dias sem água. Assim tem sido a rotina de diversos moradores de comunidades rurais de Santo Estevão.

Sem o serviço contínuo, esses moradores sofrem todos os dias o dilema de não poder fazer sequer suas atividades diárias em casa.

É o caso da aposentada Antonia Mota do Nascimento, moradora da fazenda Gameleira. De acordo com a idosa, a água só chega de 15 em 15 dias e geralmente nas madrugadas. “Todos os dias é um verdadeiro transtorno. A gente paga todo mês certinho por um conta mas não temos água nem para lavar os pratos”. Na casa da aposentada, onde ela vive com a filha e uma neta recém nascida, a situação é dramática. “A gente precisa pegar a água num reservatório a céu aberto e usar inclusive para a higiene do recém nascido. Sei que compromete a nossa saúde e do bebê mas estamos sem saída”, conta Iara Mota, filha de dona Antonia.

O mesmo acontece na residência do ajudante de pedreiro Adailton Conceição Santos, de 27 anos. Ele mora na fazenda Mendes e só ver a água cair nas torneiras de sua casa duas vezes por mês. “Eu já paguei conta até de R$ 300 e não vejo água em casa. A higiene de casa ficou comprometida, banho de chuveiro passou a ser luxo para nós, o que é revoltante”, revela.

Na fazenda Altamira, o dilema é bem parecido. Ana Brito era dona de um pequeno salão que mantinha em sua residência mas teve que abrir mão do trabalho por falta de água. “Como posso tocar uma atividade como salão de beleza sem água? Vim de São Paulo para morar aqui achando que com o salão iria sobreviver dignamente mas me deparei com esse serviço de péssima qualidade que é a EMBASA”, desabafou. O que chamou a atenção é que a casa de Ana fica próxima ao rio paragaçu e da janela de sua casa ela ver toda abundância das águas. “É aqui que vejo o quanto há um paradoxo: o rio aqui do lado e esse desserviço total da empresa que abastece”, disse. A barragem de Pedra do Cavalo opera com sua capacidade normal, o que também não justifica a falta de abastecimento de água potável.

Relatos semelhantes são registrados constantemente também nas localidades de Fazenda Baraúna, I, II e II, Fazenda Viração, Fazenda Água Branca, Fazenda Pedra Branca, Fazenda Contendas, Km 50, Paiaiá, Caatinga, Fazenda Altamira, Fazenda América, Fazenda Primavera, Condomínio Santo Estevão- Alagoinhas, Fazenda Mendes, Fazenda Viração, Fazenda Gameleira I e II, Fazenda Várzea Suja/ Campo da Onça, Fazenda Várzea Salgada, Fazenda Barriguda, Fazenda Boiadeira, Fazenda Lagoa Redonda, Loteamento Nova Esperança, Povoado Cabeça da Vaca, Fazenda Dique, Povoado Tapera do Dique, Fazenda Lamarão, Fazenda Cigano, Fazenda Retiro, Fazenda Várzea Nova, Fazenda Cantinho, Loteamento Nobre, Fazenda Murin, Fazenda Bosque/ Candeal, Fazenda Tapaiuna, Fazenda Texeira, Fazenda Pedregulho, Fazenda Várzea Nova I, AABB, Cruzeiro do Monte, Ferro de Engomar, Salto da Ema, assim como em diversos bairros a exemplo da Praça da Lua, Urbis e tantos outros.