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SEC e Sepromi lançam prêmio dedicado a história da cultura afro-brasileira e indígena

O concurso tem por objetivo a seleção e premiação de projetos escolares e recursos educacionais produzidos pelos professores, gestores, coordenadores pedagógicos e estudantes.

19/10/2021 às 16h30
Por: Correio Fonte: Secom Bahia - (Luana Marinho)
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Foto: Divulgação
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Foi publicado, nesta terça-feira (19), o Edital Professor Jorge Conceição, que propõe uma premiação a projetos das comunidades escolares do Estado que se dedicaram a temas ligados à história afro-brasileira e indígena. O edital, que é uma parceria entre as secretarias estaduais da Educação (SEC) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), prevê um orçamento de R$ 5.940.000 milhões a ser destinado ao apoio de 162 projetos que vão tratar a temática em diversas linguagens artísticas e pedagógicas. Os interessados devem realizar as inscrições até o dia 2 de dezembro,neste endereço.

Em live realizada na manhã desta terça (19), nocanal da SEC no Youtube, o secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, ressaltou a trajetória do professor Jorge Conceição e falou sobre a importância da adesão da comunidade. “É um instrumento valioso e considero uma inovação termos um edital de tão alta relevância, que traz à tona a referência de um conteúdo histórico, contempla a nossa ancestralidade. Espero que a nossa rede tome isso como estímulo à produção e tenhamos muitos materiais inscritos para debater a história que não foi contada sobre a cultura afro-brasileira e dos povos indígenas no Brasil, em especial na Bahia”, afirmou. O edital está disponível nosite da SEC.

De acordo com a secretária de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis, o edital foi projetado para atender as comunidades escolares, considerando as diversas possibilidades territoriais, artísticas e pedagógicas. “Consideramos, com a potencialidade do projeto, deixar uma boa amplitude para incorporar a criatividade de cada professor, estudante e escola, que podem se dedicar com iniciativas de fortalecimento das nossas memórias e identidade, com materiais que ajudam a combater o racismo e o trabalho escravo e a consolidar uma educação pluriétnica“.

O concurso tem por objetivo a seleção e premiação de projetos escolares e recursos educacionais produzidos pelos professores, gestores, coordenadores pedagógicos e estudantes. Serão aceitas propostas em duas modalidades. A primeira incorpora as iniciativas com os temas: produções artísticas (audiovisual, dança, música, grafite, teatro, artes plásticas e artesanato) negras e /ou indígenas; saúde da população; literatura; produções literárias; patrimônio cultural (material e imaterial) e memórias negras e /ou indígenas; identidades e territórios; gênero e sexualidades; mulheres negras e/ou indígenas na literatura, na produção científica, nas artes e na política; enfrentamento ao trabalho análogo ao escravo; empoderamento e Lideranças Juvenis; práticas comunitárias e tradicionais; produção científica e enfrentamento à intolerância religiosa de matrizes africanas e/ou Indígenas.

Na segunda modalidade, considera-se recurso educacional digital e não-digital, que se destina a apoiar os estudantes no processo de aprendizagem. Na primeira modalidade serão premiados 108 projetos, com o valor de até R$ 50 mil, sendo quatro projetos por Território de Identidade. Na Modalidade 2, serão contemplados, com o valor de até R $10 mil até 54 recursos educacionais. Os resultados serão divulgados no dia 11 de dezembro.

Sobre o professor Jorge Conceição

Jorge Conceição foi professor titular de Geopolítica e de diversas disciplinas na Ucsal, Uneb e outras instituições de ensino, tendo atuado também nos cursos de pós-graduação em História da Cultura Africana, ocorridos no CEAO–Ufba, em 1982 e em 1986. Também era pesquisador de abordagens holísticas no campo da Medicina, Ecologia/Sustentabilidade e Arte-educação. É um dos fundadores do Coletivo de Entidades Negras (CEN).

Um dos grandes destaques na trajetória de Jorge Conceição foi, sem dúvidas, o trabalho na área da literatura infantil, com grande contribuição para a disseminação e o avanço da educação antirracista no Brasil. Em 1995, lançou ‘O Boi Multicor’, livro que traz recriações do “boi da cara preta”, trazendo, nesta história, novas concepções sobre a estética e linguagem associadas à raça negra.

Fonte: Ascom/SEC

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