Hoje (23) é o último dia para que mulheres que moram na Ilha de Marajó (PA) possam realizar os exames preventivos de câncer de mama e de colo de útero. A iniciativa faz parte do Outubro Rosa e é realizada por meio da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), do Ministério da Saúde, dentro do programa Abrace o Marajó.
A campanha levou dez médicos especializados em ginecologia e obstetrícia para a região. Eles estão atendendo na embarcação Soares de Meirelles, da Marinha do Brasil, que ocupou o porto do município de Breves.
Tainara Rodrigues, uma das mulheres que foram atendidas pela iniciativa, disse que sabe a importância da prevenção. “Esse é um exame que pode salvar vidas. Ele é muito importante para a saúde das mulheres. A pior sensação que existe é saber que essa doença está te vencendo”, disse. Nos últimos anos, Tainara perdeu uma prima e viu a tia passar por mastectomia, quando a mama é retirada, para tratar a doença.
Segundo o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, a Região Norte, onde a Ilha do Marajó está localizada, é a que tem uma das maiores taxas de mortalidade para o câncer de mama e de colo de útero do país. “Por isso, tivemos um olhar especial para o Marajó, uma região de difícil acesso”, disse Câmara. Dos 50 municípios da ilha, oito possuem os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
O Ministério da Saúde também está capacitando os profissionais de saúde para inserção do dispositivo intrauterino (DIU). “A gente que trabalha na zona rural precisa muito. Trabalhar grávida, com a nossa dificuldade de deslocamento, é muito difícil”, disse professora na zona rural do município marajoara de Melgaço (PA), Diellica Oliveira de Carvalho.
Outra ação em desenvolvimento na ilha é a Força Pré-Natal do SUS, que atende 16 municípios ribeirinhos no Pará. O objetivo é capacitar 120 profissionais de saúde na assistência à gestante.
Todas essas iniciativas fazem parte do programa Abrace o Marajó, iniciativa interministerial coordenada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e que também traz ações nas áreas de educação e infraestrutura. O objetivo é levar desenvolvimento socioeconômico para a região.
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