A maior baía do país e a segunda maior do mundo completa, nesta segunda-feira (1º), 520 anos que foi batizada pelos portugueses como Baía de Todos-os-Santos (BTS). Antes disso, a região das águas que banham Salvador e cidades do Recôncavo Baiano era conhecida como Kirimurê pelos tupinambás que a habitavam. Em 2021, o evento histórico, um dos marcos formadores do povo brasileiro, ganha ainda mais relevância com os investimentos que o Governo do Estado está fazendo para garantir a preservação desse patrimônio histórico e cultural para as futuras gerações.
São obras estruturantes, como as requalificações do atracadouro e restaurante do Solar do Unhão, do terminal turístico de Botelho, em Ilha de Maré, da base náutica Marina de Itaparica e dos terminais hidroviários de São Joaquim e Bom Despacho. As intervenções envolvem também as implantações do terminal turístico de Bom Jesus dos Passos e da base náutica de Cacha Pregos, além de sinalização turística em diversas ilhas. Somadas, essas intervenções citadas e realizadas pelas secretarias de Turismo (Setur) e de Infraestrutura (Seinfra) ultrapassam US$ 70 milhões.
“Estamos construindo bases náuticas, terminais e ancoradouros, com ações de urbanização nos municípios do entorno da baía. São intervenções que darão sustentabilidade turística à região, promovendo a geração de emprego e renda. Além de toda a parte estrutural, temos feito investimentos de cunho social, beneficiando a população dos 18 municípios que estão no entorno com o planejamento do destino sólido dessas cidades, para evitar a contaminação de ambientes naturais como praias, rios e cachoeiras, o que impede o uso dessas áreas para fins de lazer e turismo”, destaca o secretário de Turismo, Maurício Bacellar.
O Prodetur realiza 12 obras de infraestrutura náutica e uma cultural que beneficiam os 18 municípios da BTS. Marinas, atracadouros e terminais turísticos estão sendo requalificados ou construídos em municípios como Salvador, Jaguaripe, Salinas da Margarida, Cachoeira, Candeias e Bom Jesus dos Passos e em localidades das ilhas de Itaparica e de Maré, dentre outras. A parte cultural do programa é a requalificação do Museu Wanderley Pinho, no distrito de Caboto, em Candeias.
Outra ação realizada é o projeto da Fundação Baía Viva, que se concentra na Ilha dos Frades, em localidades como Loreto, Paramana, Costa de Fora e Ponta de Nossa Senhora, expandindo posteriormente para a Ilha de Bom Jesus dos Passos. As obras incluem requalificação urbana, saneamento, recuperação de casas e templos, além da construção de píeres, centro de memória, posto médico, restaurante e centros recreativos, entre outras.
Também foram realizados investimentos hidroviários de manutenção e recuperação de atracadouro em Saubara e Maragogipe, em 2016 e 2019, consecutivamente, com o investimento de aproximadamente R$ 4 milhões.
A campanha Eco Rede Baía de Todos-os-Santos é uma iniciativa em prol da educação socioambiental na região, integrando um programa de sensibilização que visa estimular a reflexão coletiva sobre a responsabilidade de cada cidadão na manutenção dos seus espaços, chamando a atenção para uma baía mais limpa, atrativa e sustentável. O objetivo é sensibilizar gestores municipais, moradores, visitantes e empreendedores do turismo, principalmente para a questão do descarte dos resíduos sólidos, bem como do importante papel dos catadores de materiais recicláveis neste ciclo.
A campanha inclui ações socioambientais com cooperativas ou associação de catadores de materiais recicláveis nos municípios de Santo Amaro, Vera Cruz, Candeias e São Francisco do Conde, bem como ações de comunicação com divulgação em mídias sonoras e digitais, realização de lives com especialistas ambientais, além da instalação de placas educativas em alguns terminais da Baía de Todos-os-Santos. Todas as articulações respeitam as normas sanitárias vigentes em decorrência da pandemia do Covid-19.
Repórter: Tácio Santos
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