Uma operação deflagrada nesta terça-feira (16) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, na zona oeste da capital e na Baixada Fluminense, para combater as milícias, resultou até agora na prisão de cinco pessoas. Além disso, os policiais interditaram estabelecimentos de venda irregular de gás e de provedores clandestinos de internet.
A força-tarefa criada pela Secretaria de Estado da Polícia Civil está nas ruas para prender criminosos e "asfixiar as fontes de renda da organização chefiada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho". A operação reúne integrantes do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquérito Especiais (Draco).
Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil, na operação, policiais da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE)prenderam um homem conhecido como Artilheiro, que seria responsável pela cobranças de dívidas e por assassinatos. Ainda conforme a Polícia Civil, contra Artilheiro foi cumprido um mandado de prisão pelo crime de homicídio. “As investigações apontam Artilheiro como um dos matadores da milícia, responsável pelas execuções e ocultação dos cadáveres”, diz a polícia.
Os agentes informaram que o criminoso atuava no grupo do miliciano Wellington da Silva Braga, chamado de Ecko, que foi morto no dia 12 de junho deste ano. Artilheiro passou a trabalhar, então, como segurança particular do irmão de Ecko, Luiz Antônio da Silva Braga, que se tornou chefe do grupo. “Com ele, foram apreendidos fuzis, pistolas, munições, carregadores e coletes balísticos da milícia. Além de Artilheiro, foram presos quatro milicianos.
Também na ação, a equipe da DRE impediu a execução de uma pessoa, que seria queimada viva na comunidade Jesuítas, em Santa Cruz, na zona oeste. Foram apreendidos galões de combustível que seriam usados no crime.
Além de combater a exploração de atividades ilegais controladas pela milícia, a operação de hoje tem o objetivo de coibir o armazenamento e o comércio irregular de botijões de gás e de água; a atuação de empresas ilegais de gás veicular; o parcelamento irregular de solo urbano; a exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais; a venda de produtos falsificados, contrabando, descaminho; o transporte alternativo irregular e estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e usados para lavagem de dinheiro.
Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil, a ação é resultado de investigações e trabalho de inteligência das delegacias de Defesa dos Serviços Delegados, de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial, do Consumidor, de Proteção ao Meio Ambiente, de Roubos e Furtos de Automóveis, Especializada em Armas, Munições e Explosivos, de Roubos e Furtos de Cargas, de Roubos e Furtos e de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e da Divisão de Capturas da Polícia Interestadual, com apoio de informações do Disque Denúncia.
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