Um total de 12 estudantes com deficiência da rede estadual de ensino está participando da 14ª edição das Paralimpíadas Escolares, realizada até esta sexta-feira (26), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Trata-se do maior evento esportivo do Brasil voltado para crianças e jovens com idades entre 12 e 17 anos. As Paralimpíadas Escolares, que ocorrem desde 2009, são promovidas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
O coordenador executivo de Programas e Projetos Estratégicos da Educação da Bahia, Marcius Gomes, ressaltou a importância da participação de alunos da rede estadual nas Paralimpíadas Escolares. “Além de uma grande festa esportiva de alto nível, os jogos paralímpicos permitem a quebra de tabus pelas pessoas com deficiência, mostrando suas potencialidades e capacidade de realizar determinadas ações, o que gera inclusão dessas pessoas na sociedade. Isso ensina aos diferentes grupos sociais sobre superação e vontade de vencer, o que é mostrado por meio da superação de dificuldades e problemas existentes mediante a uma deficiência”.
De acordo com o chefe da Delegação Baiana Paralímpica Escolar, Virgílio Leiro, estão participando cerca de mil estudantes de todo o Brasil. “A Bahia está sendo representada nas modalidades Goalball, Atletismo e Natação, nas quais estão competindo estudantes com deficiência intelectual, física e visual”, informou.
A estudante Renata Vitória Pereira, 17, que possui deficiência visual e estuda no Centro de Atendimento Educacional Especializado Professor Alberto de Assis, em Salvador, conquistou uma medalha de bronze no arremesso de peso F11 sub 18, na modalidade Atletismo. “Esta medalha representa, para mim, uma conquista e superação, pois é uma modalidade que eu não conhecia. As Paralimpíadas Escolares são uma porta de entrada para o sucesso para as pessoas que não têm oportunidade no esporte e eu estou muito feliz”, comemorou.
O estudante Felipe Cruz, 16, que possui deficiência intelectual e estuda na Escola Visconde de Itaparica, em Salvador, também está competindo na modalidade Atletismo. “Estou participando das Paralimpíadas Escolares pela segunda vez e gosto muito de competir, porque ajuda no meu desenvolvimento e me deixa mais saudável”, disse. A mãe dele, Silvia Santos, fez questão de acompanhá-lo. “Tem sido muito gratificante esta oportunidade que Felipe tem tido de estar aqui, pois ele tem se desenvolvido bastante através do esporte e isso tem mudando a vida dele para melhor”, comentou.
Segundo Samuel Maia, 16, 9º ano, do Colégio Estadual Duque de Caxias, que possui deficiência visual, a prática esportiva tem refletido positivamente no seu rendimento escolar. “O esporte tem me ajudado muito a melhorar as minhas notas na escola e me sinto feliz por estar jogando e me interagindo com pessoas de lugares diferentes”, afirmou o estudante, que está competindo na modalidade Goalball.
Fonte: Ascom/SEC
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